A França rejeito hoje um pedido de asilo apresentado pelo fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian Assange, refugiado há três anos na Embaixada do Equador em Londres, anunciou a presidência francesa.

“Tendo em conta elementos jurídicos e a situação material de Assange, a França não pode dar provimento ao seu pedido”, indicou o Eliseu num comunicado.

“A situação de Assange não representa perigo imediato”, assinalou ainda a presidência, sublinhando igualmente que o fundador do WikiLeaks “é alvo de um mandado de detenção europeu”.

Julian Assange exprimiu o desejo de obter asilo em França numa carta dirigida na quinta-feira ao presidente François Hollande e publicada hoje no diário francês Le Monde.

Na carta, Assange descreve-se como “um jornalista perseguido e ameaçado de morte pelas autoridades” norte-americanas “devido a atividades profissionais”.

“Nunca fui formalmente acusado de um delito ou de um crime em qualquer lugar do mundo, incluindo na Suécia e no Reino Unido”, afirma.

O fundador do WikiLeaks, que faz hoje 44 anos, vive em reclusão na Embaixada do Equador em Londres há três anos para escapar a um pedido de extradição para a Suécia, onde duas mulheres o acusam de agressão sexual e de violação, o que sempre desmentiu.

Assange teme que a extradição para a Suécia conduza a uma transferência para os Estados Unidos para ser julgado sobre a divulgação pelo WikiLeaks de documentos militares e diplomáticos norte-americanos classificados.

O seu pedido de asilo em França ocorre pouco depois da publicação por dois meios de comunicação social franceses de documentos Wikileaks revelando que os Estados Unidos espiaram os três últimos presidentes franceses: Jacques Chirac (1995-2007), Nicolas Sarkozy (2007-2012) e François Hollande (2012-).

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