Le Pen está a usar a justiça contra a filha, Marine Le Pen, que o quer destituir o pai do cargo de presidente honorário do partido Frente Nacional. Marine, que é líder do partido, ia convocar uma assembleia geral extraordinária onde votariam por correio mais de 50 mil militantes para o destituir como presidente honorário, mas esta quarta-feira, o tribunal de Nanterre decidiu suspender esta ação e disse que a única forma de tirar Jean-Marie do cargo é convocar um novo congresso.

A defesa de Le Pen disse ao Le Monde que o tribunal apurou que a Frente Nacional “não respeitou os seus estatutos”, sugerindo ao partido a organização de um congresso em que todos estejam cara a cara para que Jean-Marie Le Pen se possa defender. Jean-Marie disse à televisão francesa que os seus adversários foram derrotados duas vezes, primeiro quando anularam a sua suspensão e agora anulando a assembleia extraordinária.

“Se houve um verdadeiro congresso, eu serei um dos oradores. É a minha pessoa que está em causa, apesar de o meu cargo ter uma dignidade que me foi concedida no congresso anterior”, disse o ainda presidente honorário do partido.

A recolha de votos para esta assembleia extraordinária iria decorrer no dia 10 de julho e mais de metade dos militantes já teriam enviado o seu voto para a sede do partido, também em Nanterre. Marine Le Pen irá agora interpor recurso e diz que os votos já enviados serão guardados ate o tribunal voltar a decidir.

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