1. É uma casa amarela e multifacetada

A utilização que se pode dar a esta Casa Amarela depende mais da vontade do freguês do que qualquer limitação da sua parte. Ou seja, o espaço que Nuno Pereira e a namorada Inês abriram há um par de semanas é bastante versátil. Do pequeno-almoço ao jantar serve-se ali todo o tipo de refeições, mais ou menos substanciais: há pratos do dia, tostas e sandes ao almoço e uma carta de petiscos ao jantar. Da mesma forma, quem quiser parar na Casa Amarela para beber um café a meio da tarde, uma cerveja — a imperial é artesanal — ao pôr-do-sol, ou uma espirituosa para dormir melhor também é bem-vindo.

2. É uma casa amarela e com história

Apesar de encaixada entre a vetusta Associação Escolar de São Mamede, o portão da Sinagoga de Lisboa e a belíssima Casa Ventura Terra (prémio Valmor 1903), a estrutura onde está instalada a Casa Amarela não passa despercebida. Pelo contrário. A cor e os azulejos na fachada dão-lhe um charme raro naquela zona. O edifício, que data do início do século XX, foi doado por Júlio Henrique de Seixas, filho do abastado empresário e deputado Manuel António Seixas (1814-1896), à associação de Beneficência da freguesia de São Mamede.

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A entrada e parte da fachada da Casa Amarela. (foto: © Tiago Pais / Observador)

3. É uma casa amarela e não é por acaso

O nome não foi um parto fácil. “Pensámos em muita coisa até me lembrar de Casa Amarela”, conta Nuno. A epifania não veio por acaso: o avô do responsável tinha uma casa de férias na zona de Coimbra que tinha essa designação. “Foi uma espécie de homenagem”, explica. Igualmente complicado foi escolher o tom certo de amarelo para dar às paredes. “Tivemos de fazer várias experiências até encontrar um amarelo que não ferisse a vista.” A escolha final não desilude. Nem fere.

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4. É uma casa amarela e típica

No que respeita aos comes e bebes, o destaque da Casa Amarela vai para alguns produtos típicos que não abundam em Lisboa. Os pastéis de feijão torreenses, da Brasão, são um exemplo visível disso mesmo. Mas também há queijadas de Azeitão, pitos de Santa Luzia ou pastéis de Chaves. Isto na vertente doçaria/pastelaria. Na carta de petiscos continuam os sinais dessa aposta diferenciada: do paio de coelho ao azedo transmontano (uma espécie de alheira), passando pelo queijo Terrincho, oriundo da mesma região do país. “Queremos apostar ao máximo em tudo o que é nacional”, diz Nuno. Dito e feito.

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Os pastéis de feijão da Brasão estão para Torres Vedras como os de Belém para Lisboa. (foto: © Tiago Pais / Observador)

5. É uma casa amarela e criativa

Se os produtos não são habituais, a forma como são apresentados também não prima pela vulgaridade. A carta inclui, por exemplo, umas tostadas que podem ser feitas em papas de milho. O brunch (12€), servido ao sábado, afina pela mesma nota: os ovos com bacon, ao invés de serem mexidos, são apresentados em formato queque, por exemplo.

Nome: Casa Amarela
Morada: Rua Alexandre Herculano, 61B (Rato)
Telefone: 21 388 0297
Horário: De segunda a quinta, das 09h às 23h30. Sexta e sábado das 09h30 às 00h30.