Os futuros sobre o barril de petróleo em Londres estão a ser negociados abaixo dos 45 dólares pela primeira vez em seis anos. Às 10 horas, o brent cotava nos 43,89 dólares, menos 3,45% do que na passada sexta-feira. Na semana anterior, o preço petrolífero de referência para os mercados europeus desceu 7,3%.

O Irão expandirá a produção petrolífera “a qualquer custo” para defender a sua quota de mercado, avisou o ministro Bijan Namdar Zanganeh, que tem o pelouro do petróleo, de acordo com a agência Bloomberg. Este alerta foi lançado após a Baker Hughes, uma empresa de serviços petrolíferos, ter anunciado que o número de plataformas a operar nos Estados Unidos da América aumentou pela sétima vez em oito semanas.

O ministro Zanganeh não se opõe a uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, segundo o portal de notícias iraniano Shana.

Nos mercados norte-americanos, os futuros sobre o crude também estão em queda. Às 10 horas de Lisboa, o barril de West Texas Intermediate, o principal referência nos EUA, valia 39,18 dólares, menos 3,14% do que na sexta-feira.

Os preços petrolíferos estão sobre pressão devido não só ao aumento da produção mas também por receios de desaceleração da economia da China. O abrandamento chinês pode ser um indicador de menor procura de combustíveis. A China é o maior consumidor mundial de mercadorias e o segundo maior de petróleo.

No último ano, o brent desvalorizou 57,09% e o crude 58,16%. Os preços dos combustíveis à venda ao público em Portugal não refletiram essas quedas: o preço médio no Continente da gasolina 95 desceu 3,31% e do gasóleo 9,11% nos 12 meses que terminaram no passado domingo, de acordo com as estatísticas da Direção-Geral de Energia e Geologia.

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