O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse hoje, no Luxemburgo, não ver qualquer possibilidade ou sequer necessidade de uma renegociação do terceiro programa de assistência à Grécia após as eleições de 20 de setembro.

No final de uma reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, na qual foi feito um ponto da situação sobre a Grécia, numa altura em que Atenas tem apenas um governo de gestão face às eleições do próximo domingo, Dijsselbloem, questionado sobre a possibilidade de o futuro governo vir a ter margem para renegociar com as instituições o terceiro “resgate”, acordado em agosto passado, asseverou que “não haverá nenhuma renegociação política de fundo do programa”.

“Não me parece que seja possível, nem tão pouco necessária, porque vi um grande apoio no parlamento grego aos compromissos do terceiro programa”, apontou.

Dijsselbloem indicou que existem é “várias questões sobre o que deve ser feito exatamente ao nível do mercado de trabalho, que foram colocadas num processo e não foram ainda detalhadas”, pelo que, no quadro desse processo, “haverá mais conversas com as instituições”.

“Mas isso é bastante diferente de renegociar o programa, que não vejo que seja possível”, insistiu.

O presidente do Eurogrupo admitiu que a situação política na Grécia “naturalmente” não é muito clara hoje, pois haverá eleições legislativas antecipadas dentro de uma semana, mas insistiu que o facto de o terceiro programa ter sido aprovado de forma clara pelo parlamento grego dá às instituições “confiança, independentemente do desfecho das eleições” e do governo que vier a ser formado.

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