O antigo ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, vai começar a ser julgado pelo crime de violência doméstica. A primeira sessão do julgamento está agendada para o dia 7  de outubro, no Campus de Justiça, em Lisboa. O ex-ministro será o único a responder em tribunal pela acusação de maus tratos físicos e psicológicos à ex-mulher, Bárbara Guimarães.

Apesar da apresentadora ter sido constituída arguida, também pelo crime de violência doméstica depois da queixa apresentada pelo ex-marido, o Tribunal da Relação decidiu em Maio não pronunciar Bárbara Guimarães, avança o Jornal i.

Os episódios de violência, segundo o despacho do Ministério Público (MP), intensificaram-se quando, em 2013, depois de uma década de casamento, o casal inicia o processo de divórcio. O ex-ministro não aceitou a separação e em agosto desse ano terá ameaçado matar a apresentadora e os filhos. Bárbara Guimarães terá sofrido várias agressões físicas e psicológicas mesmo antes de apresentar queixa, garante a acusação do MP.

Depois de ter sido dado início ao processo de separação em 2013, Carrilho, ameaçou tirar fotografias à ex-mulher no banho e colocar as imagens a circular na internet, pontapeando-a de seguida, descreve o despacho do MP. Em Maio, a apresentadora terá sido empurrada contra um armário, antes da gala dos globos de ouro.

“És uma alcoólica”, “não vales nada”, “estás tramada”, “os teus filhos dizem-me que querem que a mãe morra”, são alguns dos insultos que a acusação apresenta e que podem ser lidos no despacho.

O antigo ministro, durante este processo, foi ainda condenado por três crimes de difamação, depois de afirmar que a ex-mulher tinha sido violada pelo padrasto. Carrilho teve de pagar uma indemnização de 25000 euros ao médico Carlos Texeira Pinto e uma multa de 6400 euros.

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