O recentemente eleito líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, recusou ser empossado membro do Conselho Privado de Sua Majestade em pessoa. Trata-se de um corpo de conselheiros da Rainha, com um papel meramente institucional. Dele fazem parte vários membros do Parlamento britânico, incluindo o líder do principal partido da oposição. É o caso de Corbyn.

O Telegraph e o Guardian noticiam contudo que o político de esquerda descobriu que pode ser nomeado membro deste Conselho mesmo sem se encontrar com a Rainha. Por isso, e porque já tinha manifestado as suas reservas em se ajoelhar e de beijar a mão da monarca enquanto realiza um juramento de fidelidade, procedimento tradicional desta cerimónia, Corbyn recusou-se a comparecer perante Isabel II. O trabalhista justificou a falta com “compromissos” inadiáveis.

Segundo conta o Telegraph, Corbyn vai assim optar pelo mecanismo que permite ao Conselho Privado, nomear um novo membro sem a presença deste na cerimónia. Para isto o político vai ter que confirmar que realizou o juramento, evitando no entanto, ajoelhar-se perante a soberana.

A recusa de Jeremy Corbyn, que será o primeiro líder partidário a fazê-lo, já motivou reações no Partido Conservador. Sir Alan Duncan afirmou que “não se trata de desprezo, insultos ou cerimónias: trata-se de saber se Jeremy Corbyn quer ser uma figura política séria ou um eterno rebelde.”

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