A Comissão de Trabalhadores (CT) da Cimpor considera que a reunião desta quinta-feira com a empresa será decisiva para o futuro dos funcionários alvo de despedimento coletivo e vai continuar a defender a sua reconversão como alternativa.

Depois de duas reuniões inconclusivas entre os representantes dos trabalhadores e os da empresa, Fátima Messias, da CT, disse à agência Lusa que o encontro “pode não ser definitivo mas será certamente decisivo para os trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo”.

A CT defendeu na última reunião a possibilidade de reconversão e reclassificação de alguns dos funcionários alvo de despedimento coletivo por considerar que a empresa tem condições para os manter ao seu serviço, noutras funções. Entretanto, a CT recebeu mais informação por parte da empresa e vai formalizar a sua proposta de reconversão de parte dos trabalhadores.

A CT da Cimpor representa 13 dos 25 trabalhadores alvo de despedimento coletivo, dado que só esses pertencem à Cimpor Indústria, que emprega cerca de 370 pessoas. Os restantes trabalham em empresas do grupo, mais pequenas, que não têm comissões de trabalhadores.

A cimenteira Cimpor iniciou há três semanas um processo de reestruturação que afetará 1% dos seus trabalhadores, avançando em Portugal com um despedimento coletivo de 25 funcionários, quase todos quadros superiores. A empresa justificou este despedimento com a “desaceleração económica sentida em geografias chave para a atividade”.

O despedimento coletivo terá efeitos no início de 2016 dado que a lei impõe 75 dias de aviso prévio. A Cimpor está presente em oito países de três continentes e conta com cerca de 9.000 trabalhadores.

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