Investigadores do avião russo que se despenhou a 30 de outubro na Península do Sinai, com 224 pessoas a bordo, dizem ter “90% de certeza” que uma bomba está na origem da queda do aparelho. É a Reuters que avança a notícia, ao escrever que o som que se ouve no cockpit no último segundo da gravação é o de uma explosão. 

“As indicações e análises do som da caixa negra feitas até agora indicam que se tratou de uma bomba”, disse um dos membros da equipa de investigação à agência de notícias que, no entanto, preferiu não ser identificado devido à sensibilidade do assunto. Questionado sobre os outros 10%, o investigador apenas comentou que ainda não podia discutir o assunto. 

O certo é que militares do autoproclamado Estado Islâmico já antes disseram ter deitado abaixo o Airbus A321, que se despenhou 23 minutos depois de partir do resort Sharm al-Sheik com destino à cidade russa de São Petersburgo. A queda tirou a vida a todas as pessoas que seguiam a bordo. 

Ainda no início da semana era notícia que tanto os Estados Unidos como o Reino Unido defendiam a tese de uma bomba a bordo. A CNN escrevia, então, que os serviços secretos norte-americanos já tinham atribuído um culpado — o Estado Islâmico ou um afiliado do grupo terrorista. Na mesma altura, um porta-voz do primeiro-ministro inglês David Cameron argumentava o seguinte: “Com a informação que tem chegado, estamos cada vez mais preocupados que o avião tenha caído por causa de um engenho explosivo”. 

Mais tarde foi a vez do ministro egípcio da aviação civil, Hossam Kamal, afirmar não existirem evidências suficientes para sustentar a teoria que uma bomba colocada pelo EI estivesse na origem da queda do avião russo que, segundo consta, partiu-se no ar antes de cair em solo egípcio. 

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