O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi definitivo. Este domingo, assegurou que não vai transferir “nem um metro quadrado” de território para os palestinianos. “Não haverá transferência de territórios para os palestinianos, nem 40 mil metros quadrados, nem 10 mil, nem um metro quadrado”, disse Netanyahu numa reunião do partido, que antecedeu o conselho de ministros, segundo a agência de notícias Ynet, citada pela espanhola Efe.

O dirigente israelita comentava assim uma proposta em debate nas últimas semanas para melhorar as condições de vida dos palestinianos e acalmar as tensões que se elevaram desde o final de setembro. Agravada em outubro, a nova onda de violência já fez mais de uma centena de vítimas mortais do lado dos palestinianos, mais de metade dos quais em ataques que mataram 19 israelitas, um eritreu e um norte-americano.

A propagação da violência fez temer o lançamento de uma terceira “Intifada”, levando a diplomacia dos Estados Unidos a procurar envolver-se numa solução diplomática para o conflito que se arrasta há décadas.

Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, abordou a questão com Netanyahu e também com o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, em reuniões em Jerusalém e Ramalah, avançando com um conjunto de medidas para acalmar os ânimos, entre as quais estava uma petição para que Israel passe algumas zonas da Cisjordânia atualmente em seu controlo (a Zona C segundo a tipificação dos Acordos de Oslo) para a jurisdição palestiniana (Zonas A e B).

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