O processo de venda do Novo Banco só será relançado depois de concluído e aprovado o plano de reestruturação da instituição apresentado por Eduardo Stock da Cunha. A informação foi avançada esta terça-feira por Sérgio Monteiro, o ex-secretário de Estado que foi contratado pelo Banco de Portugal para liderar o processo de alienação do banco que resultou do BES.

À margem da conferência promovida pelo Dinheiro Vivo, Sérgio Monteiro escusou-se a dar detalhes sobre o seu conteúdo. Segundo o gestor, o objetivo deste plano de reestruturação é construir um mapa de trabalho do que vai ser o Novo Banco no futuro e de qual poderá ser o seu valor.

Os potenciais investidores terão mais informação para poder fundamentar as propostas. Para já, Sérgio Monteiro assegura que ainda não está definido um modelo de venda.

O plano de capital que o Novo Banco tem de apresentar para suprir necessidades de 1400 milhões de euros já foi entregue ao Banco Central Europeu, segundo avançou entretanto o Jornal de Negócios que cita fonte oficial do BCE.

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A reestruturação do Novo Banco faz parte da estratégia de recapitalização da instituição, em resposta às necessidades de capital de 1400 milhões de euros, detetadas nos testes de stress em novembro. Uma das medidas previstas é a venda da seguradora GNB Vida.

A reestruturação deverá contudo passar também pelo redimensionamento do Novo Banco, o que poderá levar à saída de cerca de mil trabalhadores, informação que ainda não foi confirmada.

Mas o grosso da recapitalização do Novo Banco virá do futuro acionista privado, condição que terá efeitos no preço das propostas de compra. A instituição tem nove meses para implementar as medidas de reforço de capital.