As receitas com utilizadores da rodovia e ferrovia aumentaram 4% homólogos até novembro, para 398,7 milhões de euros, com a subida da receita das portagens a compensar a quebra no serviço ferroviário, anunciou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP).

“A melhoria dos resultados decorre essencialmente do crescimento da receita de portagem rodoviária, o que permite compensar a quebra da receita de utilização da infraestrutura ferroviária viabilizando a sustentabilidade de ambos os modos de mobilidade”, refere a IP num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a empresa, nos primeiros 11 meses de 2015 a receita de portagem rodoviária somou 316,4 milhões de euros, o que representa perto de 80% do total de receita com utilizadores obtida pela IP.

“O valor de receita de portagem mantém uma tendência de crescimento consistente. Entre janeiro e outubro deste ano a receita obtida foi 23,6 milhões de euros, 9% superior face ao registado em 2014”, refere, notando que esta evolução “se tem verificado ao longo de todo o ano”.

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No que diz respeito ao serviço ferroviário, a IP refere que, apesar de até novembro as receitas estarem 9,5% abaixo do período homólogo de 2014, estes valores estão “em linha com o previsto no orçamento para este ano”.

“Entre janeiro e novembro de 2015 a receita proveniente da tarifação ferroviária foi de 82,3 milhões de euros, menos 7,6 milhões de euros que o total alcançado em igual período de 2014”, avança, adiantando que esta diminuição “fica a dever-se em certa medida à aplicação regulamentar do recálculo do tarifário de 2015, que teve como objetivo contribuir para o aumento da competitividade do modo ferroviário com uma redução de preços em cerca de 10%”.

De acordo com os dados avançados à Lusa pela IP, nos primeiros 11 meses do ano as receitas provenientes da circulação de comboios de passageiros somaram 65,9 milhões de euros, menos 11% que no período homólogo de 2014, mas assistiu-se a uma “ligeira melhoria” na receita relativa à circulação de comboios de mercadorias.

A receita procedente da realização de comboios de passageiros representa 80% do total das receitas de utilização da infraestrutura ferroviária, beneficiando sobretudo a CP — Comboios de Portugal.

Do total dos 65,9 milhões de euros obtidos através da taxa de utilização pela circulação de comboios de passageiros, 41% resultaram da circulação de comboios urbanos e suburbanos, correspondendo o segmento de longo curso e internacional a 25% da receita resultante da circulação de comboios de passageiros na infraestrutura ferroviária.

De acordo com a IP, o crescimento das receitas de utilização no transporte de mercadorias deve-se “em boa parte” à evolução positiva na linha de Sines e na variante de Alcácer, com acréscimos de 18 e 12%, respetivamente.