No final do ano que, um pouco por toda a Europa e com especial ênfase na Alemanha, foi marcado pela crise de refugiados, a Chanceler germânica Angela Merkel decidiu falar daqueles que fogem dos seus países em fuga da guerra — muitos deles com o objectivo de recomeçaram as suas vidas em Berlim e outras cidades alemãs.

“Estou convencida de que, se for abordada de forma correta, a grande tarefa que hoje nos é colocada com a chegada e integração de tantas pessoas será uma oportunidade para o amanhã”, disse numa mensagem gravada e transmitida no dia 30 de dezembro, onde apelou aos alemães que fosse “confiantes, livres, humanitários e abertos ao mundo”.

Merkel criticou ainda aqueles que “aqueles que com frieza, ou talvez até raiva nos seus corações, que reservam para si o direito de sere alemães e tentam marginalizar outros”, numa alusão ao sentimento xenófobo que ganha força na Alemanha, com o movimento anti-islâmico Pegida a atrair grande parte da atenção. “Os nossos valores, as nossas tradições, o nosso sentido de justiça, a nossa língua, as nossas leis, as nossas regras”, disse, pertencem “a todos os que desejarem viver aqui”.

“É importante que não nos deixemos dividir. Não nos podemos dividir em gerações, em grupos sociais ou entre aqueles que já cá estão e aqueles que são novos cidadãos.”

A líder alemã deixou ainda um agradecimento a todos os polícias, soldados e voluntários que trabalharam na resposta germânica à crise dos refugiados, protagonizando uma “enorme e muito comovente onda de ajuda espontânea”. “Fizeram mais, muito mais do que aquilo que era o seu dever.”

No final, a Chanceler Merkel referiu ainda o Euro 2016, em França, onde “os nossos campeões do mundo também querem ser campeões da Europa”.

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