A União Ciclista Internacional (UCI) sancionou Michael Boogerd, retirado desde 2007, com dois anos de inabilitação e apagou os seus resultados desportivos entre 2005 e 2007, na sequência da confissão de uso de doping feita pelo holandês em 2013.

Num comunicado publicado hoje, a UCI esclareceu que a suspensão daquele que até agora era o diretor desportivo da equipa holandesa Team Roompot sanciona as violações antidoping que este comentou na sua carreira e vigorará até 21 de dezembro de 2017.

Em 2013, Michael Boogerd, que durante mais de uma década foi a grande esperança holandesa nas grandes Voltas (foi quinto no Tour de 1998), reconheceu ter-se dopado durante dez anos, mais precisamente entre 1997 e 2007, numa entrevista a uma estação do seu país.

Os dois anos de suspensão significam que o holandês de 43 anos não poderá continuar como diretor desportivo da Team Roompot. A UCI decidiu também apagar os resultados do ex-chefe de fila da Rabobank entre 2005 e 2007, que incluíam o título de campeão nacional em 2006.

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Boogerd tornou-se profissional em 1993 e correu até ao final de 2007. Do seu palmarés fazem parte duas etapas da Volta a França, a clássica Amstel Gold Race e uma etapa no Paris-Nice.

As suspeições quanto ao seu envolvimento em casos de doping surgiram pouco depois da sua retirada, mas o ex-corredor negou-as sempre até à sua confissão televisiva em 2013, quando assumiu ter recorrido a EPO, cortisona e transfusões sanguíneas.

“Devido à minha confissão voluntária de 06 de março de 2013, assumo a responsabilidade e aceito as consequências das decisões que tomei no passado”, disse Boogerd, em comunicado, defendendo que o seu castigo não foi reduzido por se ter recusado a apontar outros nomes envolvidos em práticas ilícitas.