Depois de Henrique Granadeiro, ex-presidente da Portugal Telecom (PT), Luís Pacheco de Melo, ex-administrador financeiro da PT, e de Amílcar Morais Pires, ex-administrador da PT e braço direito de Ricardo Salgado no BES, segue-se a auditora Deloitte — responsável pela certificação das contas da antiga operadora de telecomunicações. A Pharol (que anteriormente se chamava Portugal Telecom, SGPS) avançou hoje com a segunda queixa no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa pelo investimento ruinoso de cerca de 897 milhões de euros em dívida do Grupo Espírito Santo (GES).

Segundo o comunicado da Pharol, divulgado esta noite pela Deloitte, foi interposta uma “ação de responsabilidade contra a Deloitte & Associados, SA, e outras entidades da Rede Deloitte, por violação dos deveres contratuais, nomeadamente como auditor externo da Pharol, e que foram causa adequada dos prejuízos sofridos com as aplicações em instrumentos de dívida emitidos por sociedades integrantes do GES”, lê-se no comunicado.

Ainda de acordo com o documento emitido pela sociedade que gere o património da antiga PT, SGPS, a ação interposta tem como objetivo solicitar ao tribunal que seja decretado o pagamento de uma indemnização que “corresponda à diferença entre o valor de 897 milhões de euros e aquele que a Pharol vier a receber no âmbito do processo de insolvência da Rio Forte, bem como os demais danos que se vierem a apurar e acrescido dos juros de mora vincendos, contabilizados desde a data de citação até efetivo e integral pagamento”.

A Pharol faz ainda questão de referir no comunicado agora emitido que, tal como foi anunciado a 2 de outubro, quando a queixa contra Henrique Granadeiro e restantes administradores da PT foi anunciada publicamente, que “não fica prejudicado o direito de a Pharol vir a responsabilizar outros administradores eleitos para o triénio 2012/2014 ou terceiros que, de alguma forma, tenham tido responsabilidade por danos causados à Pharol em consequência e/ou relacionados com investimentos na Rio Forte ou instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do GES”. O que antecipa mais queixas judiciais contra ex-administradores da PT.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR