O programa de reabilitação de escolas que a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues disse ter sido “uma grande festa para o país” tem uma dívida acumulada de 996 milhões de euros, avança o Diário Económico. O Estado prepara-se para pagar 242 milhões de euros (relativos a capital e juros) da Parque Escolar, empresa que não emite empréstimos desde 2010, saldando parte da dívida ao Banco Europeu de Investimento (BEI) e ao Banco do Conselho da Europa (CEB).

A dívida da Parque Escolar a estas instituições internacionais só será totalmente saldada em 2030. No seu ponto mais alto, segundo o Tribunal de Contas, a dívida chegou a atingir 1.150 milhões de euros – mais juros. O governo aprovou na semana passada 340 milhões de euros para a Parque Escolar, 242 milhões dos quais vão ser já encaminhadas para reembolsar capital e pagar juros destes empréstimos.

Foi durante o mandato de Nuno Crato que foram conhecidas as dívidas da Parque Escolar, empresa pública criada em 2007 pelo Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues para requalificar escolas básicas e secundárias. Na auditoria feita pela Inspeção Geral das Finanças, verificou-se que a empresa investiu 1,4 mil milhões de euros para requalificar 103 escolas, uma derrapagem de quase 400% face aos valores inicialmente orçamentados. As medidas de poupança introduzidas pelo anterior Governo limitaram os gastos (cerca de 64 milhões em 72 obras), segundo o Diário Económico.

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