Uma das cinco pessoas que se encontravam ainda hospitalizadas em França, depois de terem participado num ensaio clínico com uma droga da farmacêutica portuguesa Bial, recebeu alta e regressou a casa, indicou nesta terça-feira a empresa.

O voluntário em causa, “que não apresentava quaisquer sintomas, já regressou a casa”, indicou a farmacêutica em comunicado, acrescentando ter a “indicação de que os exames médicos realizados” aos restantes quatro voluntários, que ainda estão internados, “apresentam um quadro positivo”.

Dois voluntários “já foram transferidos para hospitais das suas áreas de residência”, continuando internados outros dois no Hospital Universitário de Rennes. Um participante no ensaio clínico, na fase I, morreu no domingo, depois de declarada morte cerebral.

Ao todo, foram hospitalizados seis voluntários, que, segundo a agência noticiosa francesa AFP, receberam a dose mais elevada da molécula produzida pela Bial, testada em França pelo laboratório Biotrial. O ensaio clínico visava testar um novo medicamento para tratar perturbações do humor como a ansiedade. De acordo com o comunicado da Bial, o teste abrangeu 116 voluntários saudáveis, “dos quais 84 tomaram o composto experimental previamente, não tendo apresentado qualquer efeito secundário grave ou moderado”.

A farmacêutica adianta que a medicação foi suspensa “a todos os participantes no ensaio”, assim que tomou conhecimento de “um efeito adverso grave” num dos voluntários, a 11 de janeiro.

A Bial reitera que está a colaborar com as autoridades e entidades francesas para o apuramento das causas do incidente, assegurando que “não existe qualquer outro ensaio a decorrer com a molécula experimental” e que, até ao apuramento das causas, “não iniciará qualquer ensaio com este composto”.

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