O novo líder da oposição ao governo grego, Kyriakos Mitsotakis, confrontou Alexis Tsipras na sua estreia parlamentar, insistindo que é possível resgatar o sistema de pensões grego sem acabar com aqueles que são os benefícios dos reformados, conta o Financial Times.

A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm pressionado Tsipras para que este aplique cortes severos nas pensões, mas o líder tem resistido. Contudo, o primeiro-ministro afirma que os fundos públicos de pensões estão prestes a colapsar, por causa dos “saques continuados” levados a cabo pelos governos anteriores, nas últimas décadas.

Mitsotakis respondeu que o estado da segurança social no país se devia à “incompetência” do governo do Syriza, que levou às condições impostas no último acordo que a Grécia assinou com os credores.  “Era aceite que o sistema de pensões seria viável até 2060 – até que o Syriza chegou ao poder”, afirmou o líder da oposição.

O debate ocorreu numa altura em que milhares de agricultores protestam contra a medida que prevê aumentar os impostos no setor. Tsipras já pediu para reunir com os representantes do setor, mas o pedido foi negado e exigem que as subidas sejam canceladas de imediato.

Kyriakos Mitsotakis defende que os cortes, que visam cobrir o défice de 1,8 mil milhões de euros previsto no orçamento de 2016, podem ser evitados com um aumento de 1% nas contribuições das empresas para a segurança social e de 0,5% nas dos trabalhadores.

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