Foi uma das bandeiras da campanha das legislativas de António Costa. E mal se tornou primeiro-ministro uma das primeiras coisas que começou por fazer foi tentar recuperar a maioria do capital da TAP. Agora, e depois do acordo assinado no passado sábado com a Atlantic Gateway, já se começa a conhecer a composição do conselho de administração da companhia cuja formação ficou decidida durante as negociações que permitiram ao Governo ficar com 50% da empresa.

O Jornal de Negócios dá conta que Luís Patrão e Diogo Lacerda Machado são dois dos membros que o Executivo de Costa vai escolher para compor o novo órgão — o acordo prevê que o conselho de administração seja composto por 12 elementos, 6 escolhidos pela Atlantic Gateway e 6 pelo Governo.

Em relação a Patrão e Lacerda Machado, sabe-se que ambos são próximos do Executivo e do Partido Socialista. Patrão, que exerceu funções no conselho geral e de supervisão da TAP entre 2006 e 2015, poderá até vir a ser nomeado para presidente do conselho. Entre 2006 e 2011, Luís Patrão foi presidente do Turismo de Portugal e faz parte da comissão permanente do PS. Quando António Costa subiu ao poder no PS, foi escolhido para coordenar a gestão dos funcionários e para tomar conta das finanças do partido.

Já o advogado Diogo Lacerda Machado foi o escolhido pelo líder socialista para encabeçar as negociações com a Atlantic em relação à reversão parcial da privatização da TAP. Antes disso, foi secretário de Estado de António Costa quando este liderou o Ministério da Justiça entre 1999 e 2002. Atualmente, é administrador da Geocapital, empresa presidida por Stanley Ho e ligada à TAP em negócios como a compra da Varig Engenharia e Manutenção em 2005, tendo saído de cena em 2007 quando se deu a troca de nome para TAP Manutenção e Engenharia. O Negócios conta ainda que este é o ativo que tem provocado mais prejuízos ao grupo TAP.

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