Carlos Queiroz apresentou a demissão de selecionador de futebol do Irão, considerando que “não estão reunidas as condições” para poder levar aquele país asiático ao próximo campeonato do mundo de futebol.

“Face à degradação das condições de trabalho existentes e ao incumprimento dos compromissos assumidos, o objetivo da qualificação está em risco”, afirma Queiroz, na carta enviada ao presidente da federação de futebol iraniana, em que pede a rescisão amigável do contrato a 30 de abril próximo e à qual a agência Lusa teve acesso.

Até lá, tudo aponta para que o Irão ganhe o seu grupo da fase de qualificação asiática – comanda o grupo D com 14 pontos, seguido de Omã, que tem 11, única equipa que ainda o pode passar.

O treinador português ainda deverá orientar a equipa nas receções a Índia e Omã, a 24 e 29 de março.

Para chegar ao Mundial, o Irão ainda terá de passar por uma segunda fase de grupos, este ano.

“A minha responsabilidade, enquanto selecionador nacional iraniano (…), vai muito além do simples facto de treinar a equipa. Seria fácil para mim continuar (…), mas a minha consciência obriga-me a partir e a alertar os responsáveis”, afirma ao treinador.

“Constato que a minha presença está a ser um entrave para que cheguem à Federação os recursos básicos necessários à preparação ideal da equipa, recursos esses que já tínhamos acordado serem condição para a continuidade do nosso projeto”, acrecenta Queiroz, que acredita que a sua saída “ajudará a desbloquear esses recursos”.

O técnico português, que “para evitar qualquer especulação” não fará mais declarações, está no cargo desde 2011. Apurou a seleção para o Mundial de 2014, no qual somou um empate com a Nigéria (0-0), uma derrota com a Argentina (1-0) e uma derrota com a Bósnia (3-1).

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