O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou esta quinta-feira um aumento dos preços da gasolina e uma desvalorização de 37% do bolívar, a moeda nacional.

“Chegou a hora de instalarmos um sistema que garanta o acesso aos derivados dos hidrocarbonetos a preços justos, venezuelanos, mas que garanta o pagamento do que se investe para produzir a gasolina e, inclusivamente, o salutar funcionamento da Petróleos da Venezuela (Pdvsa), petrolífera estatal”, disse.

Nicolás Maduro falava em Caracas, no Salão Ayacucho do palácio presidencial de Miraflores, durante uma reunião de ministros, transmitida pelas rádios e televisões do país, em que fez um balanço da Agenda Económica Bolivariana para enfrentar a crise venezuelana.

Segundo chefe de Estado, um litro de gasolina normal passa de 0,07 bolívares para 1,00 bolívar por litro (de 0,01 euros para 0,14 euros o litro à taxa de câmbio Cencoex, a principal do país) e a gasolina de 95 octanas, a mais barata do mundo e utilizada por 30% da população, passa de 0,097 bolívares para 6,00 bolívares por litro (de 0,013 euros para 0,85 euros o litro) representando um aumento de mais de 6000%.

Atualmente, na Venezuela, é possível encher um depósito médio de gasolina super com três bolívares (0,42 euros) e uma garrafa de água de 220 cc custa 50 bolívares (7,15 euros).

Segundo Nicolás Maduro, a Venezuela tem “a gasolina mais barato do mundo” e “a Pdvsa e o Governo pagam para que os venezuelanos ponham gasolina”, pois o custo de produção é superior ao da venda.

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Durante a reunião, o Presidente da Venezuela anunciou ainda uma desvalorização do bolívar (a moeda nacional) cuja taxa principal passa de 6,30 para 10 bolívares por cada dólar norte-americano (de 6,99 para 11,1 bolívares por cada euro).

Além da taxa Cencoex (principal) que é usada pelo Estado para as importações prioritárias, existem duas outras taxas oficiais, uma a 13 bolívares e a outra a 200 bolívares por cada dólar norte-americano (14,43 e 222 bolívares por cada euro).

Há ainda uma cotação conhecida como dólar paralelo, que ronda os 1.160,00 bolívares por cada euro, mas cujo valor é proibido divulgar localmente.