O processo de privatização da TAP continuará a decorrer nos termos previstos. Um grupo de trabalho conjunto esclarecerá, a cada momento, qualquer dúvida que possa existir. Foram estas as decisões tomadas na reunião de urgência entre a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, de acordo com um comunicado da companhia aérea.

A reunião de emergência, convocada depois da ANAC ter levantado dúvidas e limitado, por três meses, a gestão da TAP, pretendia esclarecer alguns aspetos do conteúdo da notificação da deliberação da reguladora, sobre quem de facto mandava no consórcio que vai gerir a companhia, que passou a deter ‘a meias’ com o Estado. Em Nova Iorque, onde apresentou as novas rotas da TAP para Nova Iorque e Boston, David Neeleman, um dos sócios da Gateway, quis deixar claro que não existem dúvida sobre o poder do sócio português, Humberto Pedrosa. “Quando separarmos a percentagem que a Azul vai ter e as informações chegarem lá [à ANAC] não vão restar dúvidas nenhumas sobre quem está a controlar a empresa”, disse.

A TAP emitiu um comunicado ao final da tarde, esclarecendo então que ficou “decidido criar um grupo de trabalho entre as duas partes com o objetivo de esclarecer a cada momento eventuais dúvidas”, mas fazendo questão de garantir que o “atual processo de privatização da TAP continuará a decorrer nos termos previstos“. Algo que vai, igualmente, de encontro ao que Neeleman disse em Nova Iorque: que se mantém a supressão de algumas rotas (incluindo as do Porto), e que serão criadas novas (como as de Boston e Nova Iorque).

O comunicado esclarece ainda que também “o programa de exploração comercial da TAP para o próximo período de Verão IATA prosseguirá normalmente”.

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