Um destroço de avião encontrado por um jovem turista sul-africano vai ser analisado para determinar se pertence ao Boeing 777 da Malaysia Airlines, que fazia o voo MH370 e que desapareceu em 2014, anunciaram hoje as autoridades aéreas sul-africanas.
Liam Lotter, o adolescente que encontrou o fragmento do aparelho, explicou aos media locais que encontrou uma peça de metal com um metro de comprimento na praia quando estava de férias em dezembro em Moçambique, e levou-a para sua casa.
A família do adolescente informou as autoridades ao tomar conhecimento que um outro fragmento foi encontrado nas costas moçambicanas e enviado para a Malásia onde será analisado.
“A Autoridade sul-africana da aviação civil organizou a recolha da peça, que será de seguida enviada para a Austrália, o país designado pela Malásia para identificar os objetos encontrados”, declarou em comunicado o porta-voz da aviação civil, Kabelo Ledwaba.
De momento, o fragmento de uma asa encontrado em julho na ilha francesa da Reunião, no oceano Índico, e que segundo as autoridades malaias e a justiça francesa pertencem ao Boeing 777 da Malaysia Airlines, constitui a única prova que o avisão se despenhou.
Mas este elemento não forneceu qualquer resposta às circunstâncias do desaparecimento.
O Boeing 777 da Malaysia Airlines volatilizou-se em 08 de março de 2014 após a sua descolagem em Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo.
A equipa de peritos internacionais dirigida pela Malásia para trabalhar neste caso indicou no seu relatório provisório anual, no segundo aniversário do desaparecimento do aparelho, que os factos ocorridos permaneciam um mistério.
Numerosos familiares das vítimas têm acusado a companhia aérea e o Governo malaio de ocultarem informações sobre este drama e de abordarem o tema sem a necessária discrição.