O antigo presidente do Conselho de Administração do BPI, Artur Santos Silva, defendeu este sábado o fim dos offshore, por esconderem “muita coisa”.

“Eu sou um grande defensor do fim dos offshore, porque escondem muita coisa que não deve ser escondida”, afirmou, em declarações aos jornalistas.

O ex-banqueiro falava à margem da participação que teve este sábado, em Fafe, no evento “Terra Justa”, na qualidade de presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

Sobre o alegado envolvimento do grupo BES no caso do offshore do Panamá, Artur Santos Silva comentou que “quem exerce funções na banca exerce funções de grande interesse público e tem de ter sempre a ética e a lei na frente dos olhos”.

O antigo presidente do BPI acrescentou: “Isto chama-nos à atenção de que as sociedades têm de ser transparentes, que tudo o que se faz tem de ser conhecido, para que o Estado possa atuar em todos os planos, fiscal e da justiça”.

Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades offshore estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo.

O semanário Expresso e a TVI, que integram em Portugal este consórcio, noticiaram que há mais de 240 portugueses nas offshores do Panamá, entre os quais os nomes mais conhecidos são Luís Portela, Manuel Vilarinho e Ilídio Pinho.

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