O Presidente da República alertou para o “otimismo crónico e ligeiramente irritante” do primeiro-ministro. E num tom informal e ligeiro, Marcelo Rebelo de Sousa pediu a António Costa que tivesse os pés mais assentes no chão. O recado foi dado em público, esta quinta-feira na inauguração do maior instituto de investigação na área das Ciências da Saúde de Portugal, o i3S, no Porto, e recebido com sorrisos pelo primeiro-ministro.

Começando por sublinhar que personalidades com percursos e visões da vida muito diferentes da sociedade, economia e política, são “capazes de convergir quando se trata de grandes objetivos nacionais”, Marcelo assinalou que se pode estar feliz e ver o outro lado da história “como no espírito habitual que tem o Sr. primeiro-ministro com o seu otimismo crónico e às vezes ligeiramente irritante”.

No retrato de Marcelo Rebelo de Sousa, há um país que quando acorda cada dia e olha para o lado bom da realidade, mesmo sabendo que há um lado mau da realidade. “Escusa é de o fazer de forma excessiva Sr. primeiro-ministro. Mas pode fazê-lo com os pés assentes no chão. Apesar de tudo há otimismos minimamente racionais”.

De acordo com a TSF, o instituto das Ciências da Saúde junta 51 grupos de investigação, mais de 800 cientistas e neste momento tem 126 projetos em curso. O instituto foi fundado graças a uma parceria entre três instituições científicas: o Instituto de Biologia Molecular e Celular, o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular.

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