A Infanta Cristina e o marido Iñaki Urdangarin, ex-duques de Palma, estarão a pensar trocar o “exílio” na Suíça, onde vivem há vários anos desde que enfrentam problemas na justiça, por Portugal. A informação é avançada pelo jornal espanhol El Confidencial, que lhe chama “Operação Lisboa”. O motivo estará relacionado com questões de trabalho, já que o príncipe Aga Khan deverá mesmo concretizar a transferência da sede da sua fundação, onde trabalha a infanta, de Genebra para Lisboa.

A intenção do líder da comunidade Ismaili de se estabelecer em Portugal não é novidade, sendo que a transição já começa a acontecer aos poucos. Há um ano, a 3 de junho de 2015, foi assinado o acordo, na presença do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, onde se decidia o estabelecimento da sede ismaelita em Lisboa. Ou seja, juntamente com a sede da doutrina religiosa vista como parte do ramo xiita do Islão que congrega 15 milhões de crentes em todo o mundo, viria também o seu líder espiritual e Imam, o príncipe Aga Khan.

Agora, na sequência da concretização desta transferência, poderá vir para Lisboa também a filha do rei espanhol emérito Juan Carlos e o marido, Iñaki Urdangarin, ex-duques de Palma, que estão a braços com a justiça espanhola na sequência do caso Nóos, em que a fundação com o mesmo nome terá sido utilizada para desvios de dinheiros públicos por parte do marido da Infanta Cristina.

Iñaki Urdangarin está desempregado desde o rebentar da polémica, mas a infanta trabalha para a fundação Aga Khan, sendo o príncipe um velho amigo chegado do rei Juan Carlos, que também chegou a passar um exílio em Portugal, no Estoril, onde a família real de Espanha tem uma grande rede de contactos e amigos.

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