Quando o corpo vai a banhos, a casa também está boa para uma limpeza. Essa é, de resto, a primeira fase para preparar o “lar doce lar” para o verão: “sacudir tapetes, deixá-los a secar ao sol, lavar janelas, remover as manchas de humidade nas paredes e outros vestígios da chuva, limpar lareiras e chaminés”.
Quem o diz é Mafalda Galamas, autora do blogue Decoralista e que no dia 29 de junho vai conduzir, no centro comercial Alegre Alfragide, um workshop de entrada livre dedicado ao tema “Preparar a Casa para o verão”. “Limpar é o primeiro passo. Depois vem o reorganizar e por fim a parte mais divertida — decorar”, atira, em jeito de resumo, ao Observador.
Com as limpezas feitas, o reorganizar pode ver-se como “destralhar”, brinca a também jornalista. “Essencialmente é ver o que usamos, o que faz sentido guardar. É fazer com a casa o mesmo que fazemos com o guarda-roupa quando trocamos as roupas de inverno pelas de verão, separando o que já não queremos para dar ou reciclar.” Ou seja, guardar o edredon bem dobrado (o que parece uma tarefa impossível), guardar também os lençóis polares e de flanela, e dizer olá ao linho e ao algodão.
Na parte divertida — decorar — a leveza dos materiais e a atenção aos detalhes são as principais dicas da especialista, formada em Design de Interiores pela Escola de Moda de Lisboa:
Dentro de casa podemos começar por coisas pequenas: substituir as capas das almofadas, pôr cortinas leves, apostar em acessórios com cores mais alegres, mais de verão. São detalhes, não é preciso gastar muito dinheiro”, diz Mafalda Galamas, dando como exemplo loiças e individuais mais coloridos para tomar o pequeno-almoço ou ainda novos abat-jours nos candeeiros. “Basta mudá-los e já parece que se está noutra sala.”
Para além dos tecidos frescos como o linho ou dos materiais naturais como o bambu, a madeira e o vime, mais confortáveis para o verão — por oposição aos materiais aveludados, mais invernosos –, a “Decoralista” deixa outras duas dicas para refrescar a casa: baixar os estores nas horas de maior calor (um clássico de qualquer alentejano) e apostar em ambientadores com cheiros frescos, sejam florais ou cítricos.
“Para quem tem a sorte de ter um espaço ao ar livre — e não precisa de ser um jardim, pode ser um pátio, uma varanda ou um terraço” — e quer tirar partido dele, a regra é igual à de casa: “Começar por ver em que estado estão as vedações e a relva depois das chuvadas, e fazer o mesmo para o que já se tem de anos anteriores. “Se não estiver em bom estado, deve-se investir num chapéu-de-sol de grandes dimensões, para criar uma zona de refeições que incite ao convívio com amigos”, diz Mafalda Galamas. O espaço não deve ser um problema: se não tiver metros quadrados de sobra para uma mesa comprida, um bar ou móvel de apoio com bebidas frescas e uns almofadões já ajudam à conversa de copo na mão.
“Nas varandas agora usam-se muito as cadeiras suspensas, ideais para ficar a relaxar ou a ler um livro, mas o melhor mesmo”, conclui Mafalda, é “ver o que a pessoa gosta e apostar em ambientes temáticos. Há quem goste do ambiente mais marroquino, quem prefira o mais tropical.” Na fotogaleria encontra várias sugestões desta última tendência que invadiu as lojas em forma de palmeiras, catos e flamingos, mesmo a tempo de irmos a banhos… dentro de casa.