O festival Marés Vivas, que decorre entre os dias 14 e 16 de julho, junto à Praia do Cabedelo, em Vila Nova de Gaia, espera receber 90 mil pessoas, tendo já no segundo dia lotação “praticamente esgotada”.
“À semelhança do ano passado, vamos esgotar os três dias, julgo que este fim de semana os bilhetes ficarão todos vendidos, até porque o dia 15 de julho já só tem 70 disponíveis”, disse esta sexta-feira o diretor da PEV Entertainment — promotora do festival — Jorge Lopes, em conferência de imprensa.
A 14.ª edição do Marés Vivas contará com as atuações, no palco principal, de Elton John, Kelis, D.A.M.A., Foy Vance, James Bay, Jimmy P, Kodaline, Lost Frequencies, James, Rui Veloso, Tom Odell, Dengaz e Beth Orton.
Jorge Lopes recordou que, além do palco principal, o festival tem ainda mais três palcos, sendo o cartaz “apelativo e de grande qualidade”, daí esperar o “habitual sucesso”.
Em termos de funcionamento, o diretor da PEV Entertainment realçou que o festival será nos moldes do ano passado, mas com a novidade do palco comédia, que em 2015 estava num coreto na zona alimentar, ter um espaço próprio.
Revelando que há surpresas preparadas para o público, Jorge Silva salientou que o Marés Vivas não pode crescer mais porque o espaço não permite.
“Contudo, é um grande festival, que atrai muita gente e que projeta o Norte de Portugal, especialmente Vila Nova de Gaia”, entendeu.
Já o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, frisou a “aposta de sucesso” que é o festival, adiantando já ser “muito complicado” encontrar quartos disponíveis no concelho.
“Todos os anos, a organização promove um estudo independente quanto aos impactos sociais e económicos, sendo notório que atraí cada vez mais pessoas e tem benefícios claros para Vila Nova de Gaia”, salientou.
No final de 2015, a autarquia divulgou que o festival de verão teria de mudar de local, escolhendo um novo espaço junto à reserva do Estuário do Douro o que motivou críticas de ambientalistas e a apresentação de duas providências cautelares pela Quercus.
Também a Campo Aberto e o partido PAN se juntaram ao coro de críticas dos ambientalistas.
“O Município de Vila Nova de Gaia ganhou três ações judiciais, portanto, estamos de consciência tranquila e com a certeza que os procedimentos foram todos corretos”, ressalvou Eduardo Vítor Rodrigues.
Com um investimento de 225 mil euros, o autarca traçou o objetivo de manter este festival como o “principal festival do Norte”.
E acrescentou: “é um festival com projeção além-fronteiras, o que é muito bom, e com uma imagem cada vez mais afirmada”.
Presente na conferência, o rapper Jimmy P, natural de Gaia, que irá atuar no Marés Vivas a 15 de julho, espera um “grande e bom ambiente”.
No mesmo dia sobe ao palco Dengaz, outro rapper português, que admitiu estar “com muitas expectativas” quanto à “energia do público”.