A reação dos alunos no final do exame nacional de Matemática já fazia antever que os resultados seriam, este ano, mais baixos do que em 2015. E assim foi. A média baixou 0,8 valores. Já a Português, a satisfação generalizada no final da prova não encontrou correspondência nos resultados. Também neste exame a média baixou, ligeiramente (0,2 valores), para os 10,8 valores.
Os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Ministério da Educação mostram que, na primeira fase, os 32.716 alunos internos (aqueles que frequentaram as aulas durante o ano letivo) não conseguiram mais do que 11,2 valores, em média, abaixo dos 12 valores alcançados em 2015. Ainda assim, e apesar de muitos alunos terem terminado o exame em prantos, este pior desempenho dos alunos não conseguiu anular a subida bastante significativa na média do no ano passado, pelo que a nota deste ano continua acima dos resultados obtidos antes de 2015. A taxa de reprovação a Matemática subiu de 11% para 15%.
Já a Português, os 53.853 alunos internos que foram a exame obtiveram, em média, 10,8 valores, abaixo da registada no ano passado (11 valores), apesar de a apreciação ao exame, quer a que foi feita pelos alunos, quer pelos professores de Português, fizesse pensar que a média subiria. Também a taxa de reprovação subiu um ponto percentual, tendo passado de 6% para 7%.
Biologia e Geologia saiu do fim da tabela
Nos exames de Física e Química A a média subiu de 9,9 valores para 11,1, com a taxa de reprovação a baixar dos 15% para 11%, e a Biologia e Geologia — que no ano passado obteve a pior média de todos os exames efetuados — o desempenho dos alunos melhorou face ao ano passado, passando de uma média de 8,9 para 10,1 valores. Neste caso a taxa de reprovação também baixou de 11% para 8%
De resto foi nestes dois exames, de 11.º ano, que as médias mais subiram face ao ano de 2015 — 1,2 valores em ambos — se não tivermos em conta o exame de inglês que contou apenas com 18 inscritos (+2,7 valores).
No conjunto dos 22 exames nacionais, 14 pioraram os resultados, no que diz respeito às notas obtidas pelos alunos internos. A maior quebra registou-se no exame de francês (-3,2 valores), cuja média caiu para 9,8 valores.
História substituiu Biologia e Geologia e é este ano o exame com a média nacional mais baixa – 9,5 valores.
Em comunicado, o Ministério destaca que “as médias das classificações dos vários exames são todas iguais ou superiores a 95 pontos, o que é de salientar”.
O Júri Nacional de Exames sublinha que “à semelhança dos anos anteriores, os alunos internos obtêm classificações mais elevadas do que as alcançadas pelos alunos autopropostos, com exceção da disciplina de Inglês, disciplina com maioria de alunos autopropostos”. É nas disciplinas de Matemática A e B e em Geometria Descritiva A que as diferenças são mais “significativas”. “Pelo contrário, verifica-se nas disciplinas de Desenho A (706) e de Biologia e Geologia (702) a diferença mais baixa entre os resultados dos alunos internos e dos autopropostos.”
Os 329.887 exames nacionais do ensino secundário foram realizados em 646 escolas e no processo de classificação das provas estiveram envolvidos cerca de 7.620 docentes do ensino secundário. Na totalidade das provas dos exames nacionais do ensino secundário estiveram ainda envolvidos cerca de 10.000 docentes vigilantes e pertencentes aos secretariados.
(Notícia atualizada, pela última vez, às 12h20)