As operadoras NOS, Meo, Vodafone e Cabovisão assinaram esta terça-feira um acordo quanto à partilha de direitos desportivos dos clubes da Primeira Liga, pondo fim a uma “braço de ferro” que se prolongava há meses.

Assim sendo, e segundo um comunicado enviado pela NOS às redações, os clientes desta operadora voltam a ter acesso ao Porto Canal — que era exclusivo da Meo e foi retirado abruptamente da grelha da NOS em fevereiro –, enquanto os cliente da Meo continuarão a ter acesso à Benfica TV, cujos direitos pertenciam à NOS. Recorda-se que, depois da decisão da Meo de retirar o Porto Canal à NOS, e face às dificuldades em chegarem a acordo quanto à partilha de direitos desportivos, a NOS (que detém, entre outros, os direitos televisivos do Benfica e do Sporting), ameaçou retirar também os canais BTV e Sporting TV da grelha Meo.

Pode ler-se no comunicado enviado pelas operadoras à CMVM que foi assinado “um acordo para a disponibilização recíproca de direitos de transmissão relativos a eventos desportivos, bem como de direitos de transmissão e distribuição de canais de desporto e canais de clubes, cujos direitos de transmissão sejam atualmente detidos ou venham a ser adquiridos pelas partes, nele se prevendo, nomeadamente, a comparticipação nos custos (atuais e futuros) associados a estes conteúdos desportivos.”

Quer isto dizer que, por exemplo, os jogos do Benfica em casa vão continuar a ser vistos em qualquer das operadores na época de 2016/2017, restando saber se continuarão em exclusivo na BTV ou se serão emitidos na Sport TV — que já transmite os jogos fora de casa dos encarnados. Seja como for, quem os quiser ver, terá sempre que pagar, pois são ambos canais por subscrição.

Quanto ao canal do Sporting, este só será partilhado a partir de julho de 2017 e os jogos do clube em casa a partir de julho de 2018. Também em julho de 2018 fica disponibilizado para todos os operadores o Porto Canal e os jogos do FC Porto em casa.

“Este acordo é o derradeiro passo na concretização do compromisso que assumimos, desde o primeiro momento, em assegurar condições para que os conteúdos desportivos estivessem disponíveis para todos os operadores”, comentou Miguel Almeida, diretor executivo da NOS, citado pelo comunicado.

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