O Ministério da Educação já veio tranquilizar as famílias com filhos a estudar na cooperativa Ancorensis, em Caminha, dizendo que há lugar para os estudantes na escola pública. É que este colégio, que ficou impossibilitado de abrir novas turmas em início de ciclo com contrato de associação com o Estado, anunciou que já não vai abrir portas no ano letivo que está prestes a começar.

O anúncio da cessação imediata da função de ensino e do despedimento coletivo dos 67 trabalhadores (40 professores e 27 não docentes), por não ter direito a abrir novas turmas com contrato de associação, chegou na terça-feira, através de comunicado enviado à Lusa. Nesse documento, o colégio informava que tinha 247 alunos inscritos.

Em comunicado enviado esta manhã às redações, o Ministério da Educação informa que “está a acompanhar a situação de perto” e que “já se garantiu a existência de vagas no Agrupamento de Escolas Sidónio Pais do município de Caminha (Escola Básica e Secundaria Sidónio Pais e Escola Básica e Secundária do Vale do Âncora), para alunos inscritos naquela instituição de ensino cooperativo, assim seja essa a vontade dos encarregados de educação”.

Os pedidos de transferência vão ser monitorizados e todas as informações e ajuda aos encarregados de educação será disponibilizada pela Direção de Serviços de Educação da Região Norte.

Em maio deste ano, e após um estudo de rede, o Ministério da Educação anunciou que dos 79 colégios privados com contrato de associação, 39 não iriam poder abrir novas turmas em início de ciclo (5.º, 7.º e 10.º anos) este ano e 19 sofreriam um corte no número de turmas financiadas pelo Estado, ao abrigo destes contratos. Muitos colégios ameaçaram que não iriam conseguir abrir portas devido a esta decisão, e acusaram o Governo de estar a quebrar com um acordo trianual firmado com o anterior Executivo, mas o Ministério mostrou-se inflexível na decisão.

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