O Tribunal Arbitral do Desporto aceitou o recurso de Maria Sharapova e reduziu a suspensão da tenista russa de dois anos para 15 meses. Para o tribunal, a pena que tinha sido aplicada a Sharapova pelo consumo de uma substância proibida era desproporcionada, uma vez que a tenista admitiu que não sabia que a substância em causa tinha passado a ser considerada doping.
A 1 de janeiro deste ano, depois de já em 2015 ter estado a estudar o caso, a Agência Mundial Anti-Doping decidiu incluir o meldonium na lista de produtos proibidos a atletas. Trata-se de um medicamento indicado para o tratamento de problemas cardíacos e circulatórios que dá mais energia física e mental a quem o toma. Durante o Open da Austrália, que decorreu entre 18 e 31 de janeiro, Sharapova consumiu esta substância. Em março admitiu publicamente o erro, mas alegou que desconhecia que o meldonium já era proibido.
O Tribunal Arbitral do Desporto, com sede em Lausana, na Suíça, deu razão à russa, que antes de ser suspensa era uma das atletas mais bem pagas do mundo. Com o escândalo, vários patrocinadores de Sharapova suspenderam os seus contratos com a tenista, mas essa realidade poderá agora alterar-se.
A decisão judicial permite que Sharapova regresse aos courts a 25 de abril de 2017, a tempo de participar nos torneios de Roland Garros e Wimbledon.