Nasceram da beleza de Yolanda Foster e das raízes palestinianas de Mohamed Hadid, com o nome Jelena e Isabella Hadid. A primeira, que todos conhecem como Gigi Hadid, dispensa apresentações. Mas a irmã mais nova, Bella Hadid, está lentamente a conquistar a indústria da moda. O apelido abriu-lhe as portas como modelo depois da doença de Lyme acabar com o sonho de competir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Bella herdou a patologia da mãe, mas também a paixão por cavalos — desde os três anos que queria participar em provas equestres. A febre e sintomas associados impediram-na de montar a nível competitivo e, em 2014, Hadid mudou-se para Nova Iorque para estudar fotografia.
Rapidamente deu por si a servir de musa para profissionais — culpa dos 1,75 metros de altura, das curvas e dos olhos verdes –, mas acusaram-na de viver na sombra dos longos cabelos loiros da irmã. Mal sabiam que, quando era uma adolescente de 14 anos com um estilo punk, Bella pintou o cabelo de preto e azul para não a confundirem com Gigi. “Eu tenho uma personalidade mais sombria. Sendo a minha irmã loira e eu morena, é uma boa separação”, disse em entrevista à revista Allure. Uma atitude rebelde que lhe valeu uma noite na prisão depois de ser apanhada a conduzir sob o efeito de álcool, aos 17 anos. A partir daí, entregou-se de corpo e alma à profissão.
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Bella Hadid estreou-se na Semana de Moda de Nova Iorque quando desfilou, pela primeira vez, para a marca Desigual no outono de 2014. Seguiu-se Diane Von Furstenberg, Tommy Hilfiger, Kanye West, Missoni, Moschino e Balmain. Ao jovem currículo acrescentou editoriais para publicações de moda como a Elle, a Vogue ou a GQ. Num piscar de olhos, arrecadou o título de modelo revelação ao fim de um ano e começou a conquistar uma legião de fãs nas redes sociais. No meio de fotografias de coordenados sofisticados e maquilhagens imaculadas, Bella Hadid ainda partilha imagens de cumplicidade com a irmã e o irmão de 16 anos, Anwar Hadid.
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No início de 2015 começou a namorar com Abél Tesfaye — cantor de The Weeknd — e em dezembro deu vida ao videoclipe “In The Night”. Uma declaração de amor, embrulhada num hit de música pop, que deu o empurrão que faltava na carreira da norte-americana. “E eu sei que ela é capaz de qualquer coisa, é fascinante”, canta Abél. A prova disso veio quando, em janeiro de 2016, Bella Hadid vestiu Chanel Couture na Semana de Alta-Costura de Paris. Já o prémio de “modelo do ano”, entregue nos GQ Men of the Year Awards, em Londres, foi o culminar de muitas lágrimas, suor e conquistas que nasceram de uma desilusão.
Os traços europeus de Bella — em oposição ao espírito californiano de Gigi Hadid — são o seu grande trunfo. A sua beleza clássica, que a faz ser comparada muitas vezes a Jennifer Lawrence e a Natalie Portman, valeu-lhe o cargo de embaixadora da maison Dior. Uma simplicidade elegante que faz com que pareça mais velha do que na realidade é e vire cabeças por onde passa. Exemplo disso são os seus conjuntos provocantes — quem não se lembra do vestido usado em Cannes — e as vezes em que entrou na lista das melhores vestidas, confirmando aquilo que já se suspeitava: Bella Hadid é muito mais do que um apelido.