O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convidou este sábado os chefes de Estado e de Governo ibero-americanos a visitarem Fátima por ocasião das comemorações do centenário dos acontecimentos de 1917 na Cova da Iria.

O chefe de Estado fez este convite na sua intervenção na 25.ª Cimeira Ibero-Americana, que decorre em Cartagena das Índias, na Colômbia, quando falava sobre a cultura: “Na cultura entram também crenças e formas de circulação, crenças religiosas. Recordo para o ano o centenário de Fátima em Portugal, para o que estais convidados”.

Em seguida, discursou o primeiro-ministro António Costa, que complementou esse convite: “Quero juntar ao convite que o Presidente da República de Portugal já fez para que visitem Portugal por ocasião do centenário de Fátima, [um convite] para que visitem Portugal também no próximo ano porque Lisboa será capital ibero-americana da cultura”.

“Mais do que interesses, aquilo que nos une é uma cultura comum. E a capital da cultura em Lisboa significa que Lisboa será no próximo ano a capital de todos vós. Muito obrigado, e bem-vindos a Portugal”, acrescentou o primeiro-ministro e ex-autarca da capital portuguesa.

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Apelo à paz

No início do seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa fez alusão ao processo de paz na Colômbia e disse que em Cartagena se sente “o espírito da paz” e que “esta cimeira decorre sob esse espírito, interno e externo”.

Depois, acrescentou que “paz quer dizer diálogo interno e externo, quer dizer tolerância, quer dizer respeito pelos direitos humanos, respeito pela democracia que são realidades fundamentais do espírito ibero-americano”.

Em seguida, citou António Guterres: “Como disse muito bem o secretário-geral das Nações Unidas, esse espírito é essencial na afirmação desta comunidade”.

O Presidente da República reforçou esta mensagem mais à frente, afirmando que é importante a comunidade ibero-americana “pensar nas empresas” e “pensar o emprego”, mas “não esquecer a justiça social”, nem “a participação cívica e política” e “não esquecer os valores”.

“Os jovens da nossa comunidade são a garantia do nosso futuro, se apostarem na paz, na democracia, no Estado de direito, nos direitos humanos, no humanismo, no respeito da dignidade das pessoas”, defendeu.