O presidente francês, François Hollande, propôs esta terça-feira que o futuro centro de armazenamento de reservas do museu do Louvre, que deverá abrir em 2019, acolha também o património ameaçado no Iraque e na Síria.

“A missão principal do centro de Liévin será acolher as reservas do museu do Louvre”, localizado em Paris, mas deverá ter também “outra vocação ligada a acontecimentos, dramas e tragédias que ocorrem no mundo e onde há obras em perigo por causa de terroristas e porque bárbaros decidiram destruí-las”, sobretudo “as que se encontram na Síria e no Iraque”, declarou Hollande, depois de ter revelado a maqueta do futuro centro.

Esta decisão poderá ser tomada em dezembro numa conferência internacional sobre a preservação do Património em Perigo, a realizar no Abu Dhabi, que reunirá representantes de 40 Estados, disse o presidente francês. “Iremos fazer valer a ideia de que é no centro de conservação de Liévin que estas obras poderão ser colocadas”, acrescentou.

François Hollande anunciou a 20 de setembro a criação de um fundo mundial para salvaguarda do património ameaçado, perante uma audiência de mecenas reunida em Nova Iorque. Este fundo, com estatuto privado e que poderia reunir até 100 milhões de dólares (90,5 milhões de euros), segundo o presidente francês, será criado por ocasião da conferência sobre a preservação do património em perigo, que se realizará a 02 e 03 de dezembro à margem da conclusão do Louvre Abou Dhabi.

O Louvre, museu mais visitado do mundo, decidiu construir em Liévin, a 200 quilómetros de Paris, um centro de armazenamento que possa acolher grande parte das suas reservas a fim de as preservar de eventuais inundações do Sena.

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