Como “em equipa que ganha não se mexe”, a Mazda arriscou pouco nas alterações introduzidas na segunda geração do seu CX-5. E são, sobretudo, estilísticas as alterações agora reveladas, tanto no interior como no exterior.
Exibindo a mais recente evolução da linguagem estética Kodo Design, a secção dianteira é a que mais se distingue, envergando uma grelha mais larga e mais alta, cuja moldura cromada se estende até às ópticas, sublinhando o “olhar” afilado do CX-5. O perfil mantém proporções semelhantes às do modelo que vem substituir e, lá atrás, as mexidas são tão suaves que é preciso estar bem atento para descobrir as diferenças, caso do novo desenho dos faróis, agora mais rasgados e estreitos. Com estas alterações, o SUV de médio porte nipónico reforça o seu carácter, adoptando um estilo próximo do revelado pelo concept Koeru, apresentado no Outono de 2015, e também declinado no maior SUV da Mazda, o CX-9, e no CX-4, respectivamente comercializados nos Estados Unidos da América e na China.
Mecanicamente, o SUV nipónico é praticamente idêntico ao CX-5 que conhecemos desde 2013. Montado sobre uma versão actualizada da mesma plataforma, as dimensões do recém-chegado CX-5 são equivalentes às do modelo actual (4,55 m de comprimento e 1,84 m de largura), excepção feita para a altura, que cresceu 2 cm (1,69 m). A capacidade da bagageira também cresce, reclamando agora 505 litros, ou seja, melhor do que o Renault Kadjar, mas um pouco mais acanhada do que a dos concorrentes Peugeot 3008 (520 l) e Volkswagen Tiguan (de 520 a 615 l).
No interior, embora as quotas de habitabilidade não tenham sido divulgadas pela Mazda, é de esperar que o modelo ofereça um espaço semelhante ao do CX-5 que ainda está a ser comercializado. Continuam a existir muitos elementos em comum com a actual geração, mas o estilo foi refrescado e a qualidade percebida dá um salto em frente, sendo de destacar o painel de instrumentos mais moderno e o ecrã de 7” que passa a estar destacado, para melhor visibilidade. E a marca garante que trabalhou na melhoria da insonorização.
Os motores são os mesmos, sendo que os diesel SKYACTIV-D têm a particularidade de cumprir com as normas antipoluição Euro 6, sem recorrer a um sistema de tratamento de NOx. No capítulo da técnica, a principal novidade é que o novo Mazda CX-5 adopta o G-Vectoring Control, sistema introduzido pela primeira vez no Mazda6, que coordena electronicamente o motor, transmissão, chassi e suspensão, para aumentar aquilo que a marca designa por “Itai Jinba” – expressão japonesa que traduz o sentimento de conexão entre o automóvel e o seu condutor. Com a variação do torque a variar em cada roda de forma independente, de acordo com as condições da estrada, é de esperar que o novo CX-5 leve ainda mais longe o seu já bom desempenho dinâmico, melhorando quer em temos de estabilidade, quer em termos de agilidade.
Resta agora esperar por 2017, para perceber se o modelo que reclama 25% das vendas mundiais da casa de Hiroshima continuará a conquistar clientes. Se já agradava, tudo indica que, com as melhorias agora introduzidas, vai continuar a fazê-lo.