Mazda Iconic SP Concept foi a estrela da área reservada para a Mazda no Salão de Mobilidade de Tóquio. Apesar das linhas mais volumosas, foi apontado como a base para o futuro MX-5, o coupé pequeno, ágil, leve e acessível que faz sonhar os fãs da marca. Mas tem alguns truques na manga, a começar por não ser movido por motores de combustão, mas sim eléctricos… sem contudo ser exclusivamente eléctrico.

Com linhas harmoniosas e elegantes, o Iconic SP pode servir de base para o MX-5, mas face à aparente evolução das dimensões, pode igualmente servir como plataforma de trabalho para o sucessor do RX-8, o maior coupé desportivo do construtor japonês, entretanto descontinuado.

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O Iconic SP traz consigo algumas novidades, a começar por abandonar o tradicional motor a combustão que sempre animou até aqui o MX-5, unidade pequena e relativamente pouco possante, compensada pelo reduzido peso do modelo. Para motorizar o novo coupé desportivo, a Mazda encontrou uma solução curiosa ou, melhor, estranha, se tivermos em consideração que o desportivo não verá a luz do dia de imediato. A locomoção será assegurada por motores eléctricos alimentados por bateria, mas estas últimas são recarregadas com a energia produzida por um motor Wankel com dois rotores, capaz de produzir 365 cv.

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Este esquema mecânico é em tudo similar ao recentemente apresentado no Mazda MX-30 R-EV, só que este modelo híbrido plug-in possui um motor menos potente, com 75 cv, recorrendo a apenas um rotor. Mas a potência não é a única coisa que separa os dois motores rotativos a combustão.

Para tornar a mecânica do Iconic SP menos poluente, o construtor nipónico adaptou o Wankel à queima não de gasolina fóssil, mas de gasolina sintética e de hidrogénio, minimizando a emissão de poluentes. O hidrogénio será menos problemático sob o ponto de vista da poluição, mas ainda assim emitirá sempre NOx, substância cancerígena que não irá contribuir para a saúde da população das cidades onde for libertado. Um desportivo de linhas tão consensuais e atraentes merecia uma mecânica menos problemática, que fosse possível comercializar nas próximas décadas.