O Salão Automóvel Internacional de Pequim, que abriu portas a 24 de Abril e vai decorrer até 4 de Maio, foi o palco escolhido pela Mazda para apresentar ao público o seu segundo veículo eléctrico e o primeiro concebido de raiz. Denominado Arata, o novo modelo parece, a avaliar pelas imagens, uma versão a bateria menos volumosa, mais comprida mas mais baixa do CX-5, o que lhe permite apontar ao actual líder dos SUV (ou crossovers) eléctricos, o Model Y da Tesla.

Depois do MX-30, o primeiro eléctrico da Mazda, que enferma de uma autonomia anémica e um interior pouco versátil, a marca nipónica prepara um SUV eléctrico, já não concebido sobre uma plataforma convencional para veículos com motores a combustão — como aconteceu com o MX-30 —, mas sim sobre uma plataforma para modelos eléctricos, ainda que de origem chinesa. E esta é uma opção que certamente permitirá aos clientes usufruírem de vantagens em termos de peso, versatilidade, espaço interior, sem esquecer a possibilidade de utilizar baterias maiores e, como tal, oferecer uma autonomia mais generosa.

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Mas nem todas as novidades relacionadas com o Arata são boas. Pelo menos para os condutores europeus, uma vez que as notícias que nos chegam de Pequim sugerem que o SUV concebido sobre base chinesa se destina exclusivamente ao mercado chinês, também ele muito interessado em reforçar a oferta de modelos a bateria para minimizar os efeitos da poluição. Isto significa que o Arata não será comercializado na Europa ou nos EUA.

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O novo Arata deverá ser construído apenas na China e sobre o modelo chinês Shenlan S7, um SUV de dimensões similares produzido pelo construtor local Changan, com quem a Mazda tem vindo a desenvolver uma gama de veículos eléctricos. Curiosamente, ou talvez não, a Changan adoptou uma solução defendida pela Mazda, que consiste em instalar um range extender, um pequeno motor a gasolina associado a um gerador de corrente para recarregar a bateria e, assim, estender a autonomia. Apesar de se tratar de uma solução ultrapassada e abandonada por todos os grandes construtores, aqui ou ali ainda aparece alguém a tentar “tapar o sol com uma peneira”.