A Comissão Europeia divulgou, esta terça-feira, terem já sido aprovados projetos no âmbito do “Plano Juncker” no total de 154 mil milhões de euros em 27 estados membros, defendendo a urgência de aprovar o prolongamento e duplicação dos apoios.

“Ficamos muito surpreendidos com a procura” aos fundos do plano, afirmou vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, numa conferência de imprensa durante a qual referiu as “380 mil PME que já podem beneficiar de financiamento” ao abrigo deste programa, bem como os cerca de 240 acordos já celebrados entre bancos intermediários e o Fundo EFSI criado.

Entre projetos de Pequenas e Médias Empresas (PME) e Infraestruturas, foram já aprovados acordos em 27 dos 28 estados membros que podem mobilizar até 154 mil milhões de euros, 60% dos quais correspondem a investimento privado.

Segundo o vice-presidente da CE destacou que o Fundo Europeu para os Investimentos Estratégicos (FEIE ou EFSI, na sigla em inglês) “funciona como tinha sido previsto” e “não há falta de liquidez”.

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Com base nas recentes três avaliações positivas feitas ao Plano de Investimento para a Europa, (conhecido como Plano ‘Juncker’ por ter sido lançado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker), a Comissão defende a necessidade de aprovar o prolongamento das medidas, apelando ao Parlamento Europeu nesse sentido.

“Estas três avaliações [feitas pela Comissão, o BEI e a Ernst & Young] reforçam a necessidade de tornar o EFSI mais sólido, o que vai de encontro à proposta do EFSI 2.0”, destacou Katainen.

Em setembro deste ano, Jean-Claude Juncker, propôs um plano 2.0 de aumento da duração e de capacidade do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, para numa primeira fase mobilizar 500 mil milhões até 2020 e, numa segunda, chegar aos 630 mil milhões até 2022.

“A nossa proposta permitirá ao BEI financiar projetos até aos 100 mil milhões de euros [num prazo de cinco anos] e isso mobilizará um investimento adicional de 500 mil milhões de euros”, assinalou o vice-presidente da Comissão segundo o qual, numa análise por PIB, o país que mais beneficiou até agora do Plano de Investimento foi a Estónia, estando Portugal em oitavo lugar.

Até ao momento só um dos 28 estados membros não tem aprovado nenhum projeto, o Chipre.

A Comissão Europeia aguarda agora o debate de dezembro ECOFIN sobre o assunto e espera uma votação do Parlamento Europeu em fevereiro.

“Se tudo avançar bem (…) a legislação [para o prolongamento do plano] poderá ser aprovada no fim de maio”, assinalou Katainen.

O Plano de Investimento para a Europa, conhecido como Plano Juncker por ter sido lançado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, é um instrumento financeiro através do qual a CE esperava mobilizar 315 mil milhões de euros em três anos para dinamizar a economia europeia.

Em Portugal foram já aprovados 645 milhões de euros de fundos EFSI para alavancar investimentos de cerca de 1,6 mil milhões de euros relativos a 11 projetos.