O Parlamento Europeu inicia na segunda-feira em Estrasburgo a última sessão plenária de 2016, marcada pela entrega, na terça-feira, do prémio Sakharov a duas defensoras da etnia yazidi, Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar.
As duas galardoadas são sobreviventes da escravatura sexual do grupo extremista Estado Islâmico (EI), tendo-se tornado porta-vozes das mulheres vítimas da campanha de violência sexual da organização terrorista.
São defensoras públicas da comunidade yazidi no Iraque, uma minoria religiosa que tem sido objeto de uma campanha de genocídio por ‘jihadistas’ do EI.
No mesmo dia, os eurodeputados deverão aprovar a proibição da pesca com redes de arrasto abaixo dos 800 metros de profundidade no Atlântico Nordeste e um sistema de proteção dos ecossistemas marinhos vulneráveis em zonas em que a pesca em certas condições ainda é permitida.
Este sistema prevê ainda que em operações com artes de pesca de fundo os navios comuniquem descobertas de ecossistemas marinhos vulneráveis abaixo dos 400 metros de profundidade e se desloquem para uma zona alternativa, a uma distância mínima de cinco milhas marítimas da zona da descoberta.
A pesca de profundidade no Atlântico Nordeste é exercida essencialmente por frotas costeiras tradicionais (Portugal) e grandes arrastões (França e Espanha). E representa cerca de 1% dos desembarques provenientes daquela zona.
O prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, no valor de 50 mil euros, é atribuído anualmente, desde 1988, a pessoas ou organizações que se destacam na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. No ano passado, o prémio foi atribuído ao ‘blogger’ saudita Raif Badawi.