As forças de segurança espanholas e francesas detiveram cinco pessoas e encontraram um depósito com armas, explosivos e material para fazer bombas que, segundo o Governo espanhol, fazia parte de “uma ação propagandística de entrega de armas”.

O depósito foi descoberto na sexta-feira na localidade francesa de Louhossoa, a 30 quilómetros a este de Bayona e próxima da fronteira com Espanha, numa casa que é propriedade de uma jornalista do portal basco-francês Mediabask, que foi presa juntamente com outros quatro homens.

A jornalista é Beatrice Molle e dois dos outros presos são Michel Berhocoirigoiny, ex-presidente da Câmara Agrícola Euskal Herriko Laborantza Ganbara, e Jean-Noël Etcheverri, do grupo ecologista Bizi, segundo informações avançadas hoje à agência de notícias espanhola EFE por responsáveis da luta antiterrorista.

Na sexta-feira, o portal Mediabask tinha publicado cartas da ETA, nas quais a organização terrorista aceitava a mediação destas três pessoas e atribuía “à sociedade civil a responsabilidade política pelo desarme”.

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Segundo informações avançadas hoje pelo Ministério do Interior (MI) espanhol, o depósito descoberto na sexta-feira em França continha dezenas de armas, abundante quantidade de munições, explosivos e material para a confeção de artefactos e bombas.

Para o MI, a atuação das forças espanholas e francesas permitiram desativar “uma ação propagandística de entrega de armas”.

Os investigadores acreditam que o material agora apreendido “iria ser usado para uma encenação semelhante à realizada em fevereiro de 2014”, quando membros da ETA apresentaram uma “paupérrima amostra de armas”.

O MI recordou que, em outubro de 2011, a ETA anunciou que iria cessar definitivamente a sua atividade armada, mas “ainda não entregou um único cartuxo e todo o material (bélico) que perderam foi por ação das forças de segurança”.