Num comunicado, a Al-Jazeera refere que as alegações do Ministério do Interior egípcio contra Mahmoud Hussein contêm “um número preocupante de factos e alegações falsas”. Adianta que Hussein trabalha como produtor para o canal e exige a sua libertação imediata.

Hussein, 51 anos, foi detido no sábado no Cairo e, segundo o Ministério do Interior egípcio, será julgado por estar envolvido numa “conspiração” da Al-Jazeera para “fomentar a discórdia e incitar a sedição contras as instituições do Estado”, bem como “na divulgação de informações falsas e na produção de reportagens e documentários”.

Esta é a última detenção no Egito tendo como alvo a Al-Jazeera, cuja cobertura nos anos após a Primavera Árabe em 2011 e o golpe militar contra o presidente eleito Mohamed Morsi atraiu fortes críticas do governo.

O canal televisivo qatari é acusado pelas autoridades egípcias de apoiar o movimento Irmandade Muçulmana, considerado uma organização terrorista no Egito. Em 2013, as autoridades egípcias detiveram três jornalistas da Al-Jazeera, levantando uma onda de protesto internacional que levou à sua libertação já em 2015.

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