Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, vai mesmo a julgamento, acusada de crimes de associação ilícita e administração fraudulenta ligados à adjudicação de obras públicas aprovadas durante o seu tempo à frente do país.

A ex-Presidente é acusada de favorecimento em concursos de atribuição de contratos para a construção de obras públicas ao grupo Austral Construcciones, de Lázaro Báez, na província de Santa Cruz, no Sul da Argentina, que sempre foi a base do poder político dos Kirchner. Báez está, por sua vez, a ser julgado por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro.

Neste caso estão ainda envolvidos José Francisco López, ex-secretário das Obras Públicas, Julio De Vido, ex-ministro da Planificação e Carlos Kirchner, subsecretário de Coordenação das Obras Públicas e primo do ex-Presidente Nestor Kirchner, marido de Cristina Kirchner, a quem ela sucedeu.

O juiz federal, Julian Ercolini, ordenou também o congelamento dos bens da ex-Presidente, no valor de dez mil milhões de pesos (600 milhões de euros), diz um comunicado do Ministério da Justiça, citado pela AFP.

Kirchner sempre negou todas as acusações e fala de aproveitamento político dos seus opositores, nomeadamente por parte de Mauricio Macri, atual presidente da Argentina. Quando foi chamada a tribunal em Outubro, a ex-presidente mostrou, em sua defesa, documentos referentes às contas do Estado, sublinhado que as adjudicações tinham sido aprovadas pelo Parlamento.

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