Mark Channon era, no início dos anos 90, um empregado de bar em Londres e um aspirante a ator, com uma grande facilidade em decorar guiões, mas uma péssima memória em decorar nomes. Até que, certo dia, um amigo seu ensinou-lhe um truque que mudou o rumo da sua carreira. Mark Channon é, atualmente, um dos grandes peritos no estudo da memória, tendo já publicado vários livros sobre o tema. Tornou-se, em 1995, uma das cinco primeiras pessoas em todo o mundo a ganhar o título de mestre no campeonato mundial de memória.
Com a técnica que o seu amigo lhe ensinara, Mark conseguia facilmente lembrar-se do nome de todos os seus clientes ou da ordem dos pedidos, mesmo em noites muito atarefadas. Em poucos anos, projetou um programa de jogos para a BBC, intitulado de Monkhouse Memory Masters. Atualmente, Mark ensina os seus conhecimentos sobre a memória ao mundo, promovendo a ideia que que as suas ferramentas ajudam até no desenvolvimento de grandes empresas. Segundo afirma a BBC, baseada nos peritos da memória, chamar alguém pelo seu nome mostra que prestamos atenção ao que a pessoa diz e que nos importamos com o que ela tem para contar.
“Uma das coisas mais poderosas que existem é sermos capazes de entrar num espaço e saber o nome de todas as pessoas que estão nele”, afirma Mark Channon.
O primeiro passo é prestar atenção
Segundo contam os especialistas, as pessoas, por norma, estão tão entretidas nos seus pensamentos que não prestam atenção quando alguém lhes diz o seu nome. Se, no entanto, prestarmos atenção quando a pessoa se apresenta, criamos uma ligação entre a forma como o nome soa e a própria imagem visual que a pessoa nos transmite.
Como forma de exemplo, ilustramos a situação de uma forma idêntica à da ABC: Se conhecer uma pessoa chamada Isabel, numa festa, certifique-se, em primeiro lugar, que está focado quando ouve a pessoa a dizer o seu nome e a apresentar-se. Depois, tente associar esse mesmo nome a uma imagem [por exemplo, a Rainha Isabel II] e, de seguida, ligue essa imagem a um pormenor da aparência da Pessoa. Quando tiver oportunidade, reveja a imagem e o nome que criou na sua mente.
Ainda que no início esta seja uma atividade que nos faça perder algum tempo, Channon afirma que depois vira um hábito. Esquecer-se de um nome pode tornar-se algo problemático, especialmente se for numa situação de negócios, onde criar uma conexão com o outro é fundamental. A pessoa pode sentir-se como se não tivesse importância nenhuma. Saber o nome das pessoas com quem interagimos é, como afirmam os peritos, uma espécie de blocos de construção que definem a nossa conexão.
Portanto, quando conhecer alguém novo, nunca se esqueças de estar atento quando a pessoa diz o seu nome e de criar ligações quotidianas que o permitam recordar-se mais facilmente do nome da pessoa.