A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou este sábado que a cimeira de países do sul da Europa que decorre em Lisboa, é uma oportunidade para rejeitar o tratado orçamental que “impõe limites impossíveis” de dívida e de défice.
“Este era o momento de se dizer algo que fosse claro e que tivesse consequências concretas, como por exemplo, rejeitar o tratado orçamental que obriga os países a desregular mais as relações laborais ou a cortar mais nos direitos sociais dos povos da periferia”, disse aos jornalistas Catarina Martins à margem da visita ao mercado de Olhão, no distrito de Faro.
Para a coordenadora do BE, “é chegado o momento de ações para defender o emprego e os direitos em cada um dos países da Europa”, sendo a cimeira importante para aliviar a pressão de dívida e de défice sobre os países.
“É bom que conversemos, mas é também o momento de ações mais concretas para defender os direitos em cada um dos países”, concluiu Catarina Martins.
A cimeira de países do sul da Europa começou hoje em Lisboa, com a participação do primeiro-ministro, António Costa, e dos chefes de Estado e de Governo de Chipre, Espanha, França, Grécia, Itália e Malta.
Durante o encontro, os dirigentes dos sete países vão procurar concertar posições sobre o futuro da União Europeia, no contexto da saída do Reino Unido, focando-se nos temas das migrações, segurança e defesa e a união económica e monetária.
A coordenadora do BE deslocou-se hoje ao mercado de Olhão, no Algarve, visita que que assinalou o arranque das candidaturas autárquicas partido no distrito de Faro.
Catarina Martins vai participar durante a tarde, em Olhão, no sétimo Encontro Regional Autárquico do Algarve, com o tema “participação, cidadania e transparência no poder local”, com autarcas e candidatos do BE.