Arrancou a comercialização em Portugal do modelo que promete alterar radicalmente o paradigma dos automóveis eléctricos, por conjugar um preço de aquisição competitivo com uma autonomia anunciada (segundo a norma de homologação NEDC) de 400 km, e que promete ser de cerca de 300 km em condições reais de utilização. Tudo graças à nova bateria de 41 kWh, sem dúvida o principal atributo do Renault Zoe Z.E. 40 (a do modelo original, que se mantém em comercialização, oferece 22 kWh), cuja introdução não teve quaisquer consequências em termos de volume, peso ou tempo de carregamento, já que a principal diferença entre ambas é a superior densidade energética da mais recente.

Com motor de 92 cv, que lhe permite cumprir os 0-50 km/h em 4,0 segundos, um espaço habitável semelhante ao de um Clio, e uma garantia geral de cinco anos ou 100 mil km (a da bateria é de oito anos), o novo Zoe Z.E. 40 faz-se valer, essencialmente, dos números como principal argumento de venda. Por exemplo, para quem tenha tarifa bi-horária, e dela faça bom uso, percorrer uma centena de quilómetros custará qualquer coisa como 1,3€, ou 2,2€ para quem tenha contratada a chamada tarifa doméstica simples. Prometendo ainda a Renault que as revisões custarão 30€ ou 50€, consoante a quilometragem percorrida à data a que as mesmas ocorram.

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Factor determinante para o êxito do modelo tenderão a ser, igualmente, os preços a que é proposto no nosso país. Desde logo convindo aqui destacar que a Renault, nesta fase de lançamento, decidiu implementar uma tabela promocional que, conjugando todos os incentivos e apoios, reduz em cerca de 5.700€ os preços das versões em que a bateria fica na posse do proprietário, passando o “desconto” a ser de cerca de 9.400€ nas variantes que pressupõem o aluguer mensal da bateria.

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Assim, entregando um veículo para retoma, e enquanto for possível beneficiar dos mil incentivos de 2.250€ que o Estado concedeu à compra de automóveis eléctricos durante 2017, a versão Intens Flex é proposta por 17.560€ e a Bose Flex por 20.280€. Para quem pretenda ser dono da sua própria bateria, os preços passam a ser de 28.770€ para a variante Intens, de 31.490€ para a Bose e de 26.835€ para a Life. Valores já com IVA incluído, e isto num veículo que está isento do pagamento de IUC e que em Lisboa, por exemplo, também não paga estacionamento de superfície nas zonas com parquímetro.

Para as empresas, esta pode ser uma interessante alternativa, já que está isenta de tributação autónoma e o IVA é integralmente deduzido

Fundamental é destacar ainda que, por um lado, estes valores incluem já a oferta de uma Wallbox com 7,4 kWh de potência para carregamento doméstico, que permite repor a carga da bateria, na sua totalidade, em cerca de sete horas. E, por outro, que as empresas beneficiam, aqui, não só de isenção de tributação autónoma, como da dedução total do IVA – o que significa que, nesse caso, o Zoe Z.E. 40 pode ser adquirido por menos de 14 mil euros com bateria alugada, ou por menos de 22 mil euros com bateria incluída.

Quanto ao aluguer de baterias, existem duas opções. A Z.E. Flex inclui 7.500 km/ano, custa 69€ por mês, acresce 10€ mensais por cada 2.500 km anuais contratados e exige o pagamento de 0,05€ por cada quilómetro extra efectuado para lá da quilometragem contratada. Quem pretender desfrutar de uma quilometragem ilimitada, terá de pagar 119€ mensais, embora esta seja uma modalidade disponibilizada somente a clientes particulares.