Luís Pina, adepto do Benfica e membro da claque No Name Boys, suspeito de ter atropelado mortalmente o italiano Marco Ficini na madrugada do último sábado, pode ter de cumprir pena efetiva de um ano e quatro meses, que estava suspensa pela rixa em que esteve envolvido em 2011, caso seja condenado no atual processo.

Tanolas ou Lué, como também é conhecido, entregou-se na tarde de quinta-feira às autoridades na companhia do advogado Carlos Melo Alves. O interrogatório já devia estar a decorrer esta sexta-feira mas, em função de novas diligências que estão ainda a decorrer, foi adiado para amanhã, sábado, de manhã.

Luís Pina, de 36 anos, já tinha sido condenado duas vezes: em 2003, por detenção de arma proibida, num processo que transitou em julgado no final de 2004 e ficou extinto com o pagamento de multa (100 dias à taxa diária de dois euros); e em 2011, como o Observador avançou ontem, por participação em rixa em recinto desportivo (no estádio José Alvalade, antes de um dérbi), onde ficou com pena suspensa de um ano e quatro meses num processo que transitou em julgado em fevereiro de 2016.

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Assim, e caso venha a ser condenado por novos factos no processo que teve agora início, a suspensão poderá ser revogada, tendo mesmo de cumprir pena efetiva nesse período.

De referir que, de acordo com o advogado, Luís Pina “nunca matou ninguém”. “A nossa estratégia é a da verdade, o que se passou foi um acidente”, disse Carlos Melo Abreu esta quinta-feira aos jornalistas. “Contou-me que vinha embora do estádio quando foi obrigado a parar porque adeptos da Juve Leo lhe atingiam o carro com pontapés e barras de ferro. A viatura ficou toda amolgada e ele teve de fugir. Foi na fuga que aconteceu o acidente”, acrescentou mais tarde, em declarações ao Público.

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