A australiana Larissa Waters está a fazer história depois de ser a primeira deputada a amamentar no parlamento nacional. O acontecimento deu-se durante uma votação de uma moção do partido Greens (Os Verdes,), na terça feira. A deputada do partido australiano Greens, Larissa Waters, que voltou ao trabalho dez meses depois de ter dado à luz, está a dar total uso às recentes regras que ela própria ajudou a implementar e que permitem a amamentação no senado.
“Estou muito orgulhosa que a minha filha Alia seja a primeira criança a ser amamentada no parlamento federal. Nós precisamos de mais flexibilidade nos postos de trabalho e mais facilidade de acessos a cuidados para crianças, para toda a gente”, explicou a deputada na sua conta de Twitter.
So proud that my daughter Alia is the first baby to be breastfed in the federal Parliament! We need more #women & parents in Parli #auspol pic.twitter.com/w34nxWxG0y
— Larissa Waters (@larissawaters) May 9, 2017
O acontecimento marca uma viragem na política do parlamento australiano, tendo em conta que, há oito anos, a filha da deputada Sarah Hanson-Young foi-lhe retirada dos braços e expulsa do local. Hanson-Young não tinha conseguido encontrar ninguém que pudesse ficar com a criança de dois anos durante a sessão de voto e decidiu levá-la consigo para o local de trabalho.
A senadora Katy Gallagher afirmou que o momento deve ser reconhecido. “As mulheres vão continuar a ter bebés e querem fazer o seu trabalho e cuidar da criança… A realidade é que nos temos de habituar a isso”, disse à Sky News Australia.
Em 2016, a deputada espanhola Carolina Bescansa, foi criticada e elogiada depois ter levado o seu filho para o parlamento e o ter amamentado. Também a islandesa Unnur Bra Konradsdottir, do Partido da Independência, levantou-se para intervir no Althingi (parlamento), enquanto amamentava a sua filha de seis semanas.
Apesar desta imagem ser cada vez mais frequente, o tema continua a ser sensível em alguns parlamentos por causa da possível ridicularização por parte da imprensa sensacionalista, como foi proferido pelo ministro britânico Simon Burns, em 2015.