É o próprio Carlos Ghosn quem estará a encabeçar o processo de escolha de um novo operacional destinado a ser o seu braço-direito na liderança da Aliança Renault-Nissan. Segundo avança a agência Reuters, com base em fontes internas da própria empresa, a iniciativa terá ainda como objectivo definir quem lhe sucederá na definição dos destinos do consórcio franco-nipónico, bem como incrementar a integração das duas marcas.
Ao que parece, o plano passa por fundir num único cargo os dois CCO (chief competitive officer) actualmente existentes – um para a Renault, outro para Nissan. Ghosn terá como meta que o nome esteja escolhido até final do presente ano, e que a sua nomeação seja acompanhada de outras medidas destinadas a aproximar ainda mais a actividade dos dois construtores em áreas basilares, como a produção e a pesquisa e desenvolvimento.
Também poucas dúvidas restarão de que é sua preferência que o nome do futuro CCO das duas marcas seja encontrado internamente, até para que partilhe das mesmas sensibilidades culturais e políticas que fizeram da parceria franco-nipónica um sucesso. De momento, os mais fortes candidatos ao lugar parecem ser o espanhol José Muñoz, chief performance officer da Nissan, e o seu congénere da Renault, o alemão Stefan Mueller; bem como Yasuhiro Yamauchi, CCO da Nissan. Ainda assim, os dois primeiros poderão desfrutar de alguma vantagem por não serem de origem francesa nem nipónica.
Recorde-se que Carlos Ghosn, de 63 anos, abandonou recentemente o cargo de CEO da Nissan, mas mantendo tal posição na Renault, já que o respectivo contrato só termina em 2018. É ainda presidente das duas marcas, assim como da Mitsubishi, hoje propriedade da Nissan, e tudo indica ser sua pretensão ser nomeado para presidente da aliança por mais um mandato.