O Partido Nacional Renovador (PNR) acusou este sábado o Presidente da República de usar “sempre os rótulos do costume” e considerou que Marcelo Rebelo de Sousa devia ter ido à Venezuela e não ao Brasil no 10 de Junho.
Conforme é já habitual, o PNR celebrou hoje à tarde o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades com uma marcha entre o Bairro Alto e o Martim Moniz, em Lisboa, que reuniu várias dezenas de pessoas com bandeiras nacionais e evocando palavras de ordem como “Ação, ação: lutar pela nação” ou “Ontem, hoje e sempre: Portugal independente”.
Questionado pela agência Lusa sobre o discurso do 10 de Junho do Presidente da República – no qual defendeu um Portugal “livre da prepotência, da demagogia, do pensamento único, da xenofobia e do racismo” – o presidente do PNR, José Pinto Coelho, começou por dizer que Marcelo Rebelo de Sousa “gosta de agradar a gregos e troianos e usa sempre os rótulos do costume”.
“Quando vem com os rótulos – eu percebi a sua pergunta – de racismo e xenofobia, está muito enganado. Porque o PNR não é nem xenófobo nem racista. O PNR defende a sua pátria, a sua soberania e a sua identidade”, sublinhou.
José Pinto Coelho gostava que, em vez ter ido hoje para o Brasil no âmbito das comemorações do 10 de Junho, o Presidente da República tivesse ido à Venezuela para estar junto “dos portugueses que lá estão”, porque “eles sim precisam de ser apoiados”.
O líder do PNR explicou que o partido, como nacionalista, “sente a pátria nos seus genes” e naturalmente tem que celebrar este dia, numa manifestação que decorreu sob forte presença policial.
“Não deixa de ser sintomático que seja o único partido político em Portugal a fazê-lo”, considerou, antecipando que este seja o maior 10 de Junho de sempre para o partido, que estava à espera de umas 200, 250 pessoas.
Na opinião do líder do PNR, “cada vez mais as pessoas começam a abrir os olhos, começam a temer pelo seu futuro enquanto nação e enquanto civilização”.
“Porque esta questão da invasão islâmica à Europa não é um assunto menor, não é uma questão menor, é um assunto de sobrevivência da nossa própria civilização e as pessoas começam a temer pelo futuro dos seus filhos”, condenou.
José Pinto Coelho antecipou ainda “uma grande surpresa nas próximas eleições legislativas” e, sobre as autárquicas de 01 de outubro, revelou que o partido vai “participar em mais do dobro dos municípios do que as últimas”.
“Estou convicto de que vamos ter uma subida substancial naqueles onde der para comparar, como por exemplo em Lisboa”, disse ainda, acrescentando que, no Barreiro, têm a profunda convicção de “gerar uma grande surpresa”.